Pesquisa Social em Saúde

Seja bem vindo!
Apresentamos neste blog os resultados de algumas pesquisas realizadas pelos alunos da disciplina Pesquisa Social em Saude, ministrada regularmente pelo prof. Dr. Miguel Ângelo Montagner na Universidade de Brasília - UnB.
O objetivo é, ao mesmo tempo, expor os resultados das pequenas pesquisas realizadas pelos alunos e também mostrar os métodos usados.

Etnografia e Observação Participante

Tema: Inclusão de deficientes auditivos





Assunto: Análise da inclusão de deficientes auditivos na escola: Centro de Ensino Médio 06 - Taguatinga Norte - DF
Deficiência auditiva é a incapacidade parcial ou total de audição. Pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças.



A inclusão de surdos em escola regular é um assunto muito complexo, onde a situação deve ser pensada como um todo, a partir da realidade de cada local. Para conseguir analisar a situação amplamente, necessita-se conhecer melhor sobre o surdo, sua situação cotidiana de inclusão/exclusão na sociedade como um todo, discutir práticas e teorias partindo de uma questão sociocultural, onde o surdo é um sujeito que possui uma língua natural, a Língua de Sinais.”
Esta pesquisa está direcionada ao estudo de inclusão social de deficientes auditivos (DA’s) em uma escola de ensino médio na qual possui o diferencial na inclusão social. Essa escola possui cerca de 40 alunos DA’S distribuídos em grupos de no máximo 7 alunos por turma, escolhemos um grupo de 4 alunos dentre eles, dois alunos da 1ª série e dois alunos da 3ª série do ensino médio para realizarmos uma pesquisa baseada na metodologia de observação participante, levando em consideração os aspectos relacionados a inclusão, relacionamento e aprendizagem.
De acordo com uma entrevistada Ericler Oliveira professora da Secretaria de Educação, Mestranda em Educação – UnB e interprete de libras, ela discorre sobre os pontos positivos e negativos sobre a política de inclusão social. “A política de inclusão está focaliza na socialização e no convívio entre portadores de alguma deficiência com pessoas não deficientes”. O ponto positivo mencionado por Ericler é a própria socialização uma vez que há maior interação entre os deficientes e não deficientes. Contudo a política, traz desvantagens, no que diz respeito as estratégias no aprendizado, onde há perda de conteúdo para os deficientes, os docentes tem tem dificuldade de transmitir o conteúdo e os interpretes possuem capacitação mínima o que causa uma barreira de comunicação entre todos.
Com base nas observações feitas, ficou nítido que os próprios DA’s tem um relacionamento normal e comum entre si, porém com os demais alunos ouvintes há um relacionamento com uma certa resistência, gerando uma barreira de comunicação entre ambos. Outra barreira no relacionamento entre deficientes e ouvintes é o preconceito /discriminação, por parte de ouvintes, como por exemplo, chacota (imitação dos sons emitidos pelos deficientes).
Para o desenvolvimento da aprendizagem é necessário o uso de métodos pedagógicos especiais de comunicação. Dentre os métodos utilizados na escola estão o uso de intérpretes em cada turma, provas adaptadas, aula de reforço todos os dias em período contrario, apoio psicopedagogo e projetos de adaptação de aulas.
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é uma forma de comunicação nacional utilizada para auxiliar os surdos na comunicação através de sinais. A linguagem dos sinais não é a mesmo no mundo todo. Alguns gestos são os mesmos, porém, algumas palavras e outros sinais são diferentes. Embora a semelhança seja clara, o código difere, assim como a cultura e a língua falada de cada país.
A linguagem de sinais permite que todos os deficientes auditivos se comuniquem e expressem suas opiniões. Ela tem o mesmo nível de dificuldade de aprendizagem quanto qualquer idioma, por ter vários recursos e pedir atenção inicial da memória para decorar os sinais, que se fazem naturais ao longo do tempo.





Estudantes: Henrique Ferreira, Jeane Kelly, Letícia Lasse, Lilian Macedo, Lorenna Militão, Monique Mesquita - Graduandos de Saúde Coletiva - UnB